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Mário Motta News

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Antonieta de Barros: vida, obra e homenagem na ALESC

Figura emblemática e de importância sem precedentes no estado de Santa Catarina, Antonieta de Barros está sendo homenageada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) neste mês em que comemoraria o nascimento em Florianópolis, no dia de hoje (11/07) . Faleceu precocemente, em 28 de março de 1952, aos 50 anos, também na capital catarinense, e foi sepultada no Cemitério São Francisco de Assis (cemitério do Itacorubi).

Pelas lentes do fotógrafo Rony Costa, o Parlamento inaugurou a exposição Antonietas, no espaço Cruz e Sousa, retratando mulheres negras inspiradoras e vanguardistas.

A mostra buscou desvendar e evidenciar a beleza, garra, força e determinação das mulheres negras que residem em Santa Catarina.

Nas 22 telas, em preto e branco, de 60cm por 90cm, mulheres representativas do movimento negro no Estado revelam a sua força e fragilidade aos olhos sensíveis de Costa. Ele confessa que foi um trabalho desafiador e inspirador. Integrante do Instituto Liberdade e Escola Olodum Sul, Rony Costa revela que desde 1995 milita no movimento negro e um de seus trabalhados, neste ano, foi retratar a marcha de 300 anos em homenagem a Zumbi dos Palmares.

“A ideia desta exposição é revelar o protagonismo da Antonieta que habita em cada uma dessas mulheres negras”, disse. Tanto que nas suas telas foram retratadas professoras, dona de casa, militantes, lavadeiras, enfermeiras, jornalistas, enfim, mulheres negras e suas lutas.

Para o deputado Mário Motta, que participou da sessão especial comemorativa aos 122 anos de nascimento de Antonieta de Barros, ontem (10/07), realizada no plenário, onde diversas honrarias foram entregues, “Antonieta é inspiração até os dias de hoje. À frente de sua época, deixou um legado de protagonismo de direitos muito além de seu tempo. Escritora, jornalista, professora, deputada, um fenômeno que transcende qualquer tempo, qualquer época… e a prova disso é que estamos todos aqui hoje, reunidos mais de um século depois de seu nascimento”.

Veja e ouça a participação do deputado Mário Motta na sessão especial:

Acesse a galeria de fotos da homenagem: https://agenciaal.alesc.sc.gov.br/index.php/foto_noticia_single/sessaeo-especial-em-comemoracaeo-dos-122-anos-do-nascimento-de-antonieta-de

História de Antonieta

Filha de Catarina de Barros e de Rodolfo de Barros, uma família muito pobre, Antonieta ainda era criança quando o pai faleceu. Assim, ela foi criada pela mãe que trabalhava como lavadeira, serviço comum às mulheres negras da época. No registro de batismo, na Cúria Metropolitana, realizado pelo padre Francisco Topp, não aparece o nome do pai. A mãe era Catarina Waltrich, escrava liberta.

Vida escolar

Alfabetizada aos 5 anos, concluiu os estudos primários (atual Ensino Fundamental) na Escola Lauro Müller e, aos 17 anos, ingressou na Escola Normal Catarinense – atual Instituto Estadual de Educação, onde realizou curso equivalente ao Ensino Médio. Ela foi a primeira da família a ter o clico escolar completo.

Em 1922, aos 21 anos de idade, ela fundou o Curso Particular Antonieta de Barros que era destinado à alfabetização. Dirigiu essa formação até o ano de sua morte em 1952.

O objetivo de ser professora foi alcançado, sendo considerada uma das melhores educadoras do seu tempo, especialmente na educação de jovens catarinenses. Além da carreira no magistério, atuou como escritora, jornalista e representante política reconhecida.

Em Florianópolis, lecionou na Escola Normal Catarinense (ensinava português e literatura, a partir de 1934), no Colégio Coração de Jesus e no Colégio Dias Velho, neste último foi diretora, de 1937 a 1945. Foi professora da escola atualmente denominada Instituto Estadual de Educação, entre os anos de 1933 e 1951. No período de 1944 a 1951 foi diretora da mesma escola, nomeada por Nereu Ramos. Depois de atuar na direção, ela se aposentou aos 50 anos, mas continuou ensinando até o fim de sua vida.

Sua fama de excelente profissional fez com que lecionasse também para a elite nos Colégio Coração de Jesus, Dias Velho e Catarinense.

Uma das poucas frustrações da carreira de Antonieta foi não ter cursado o ensino superior. Seu sonho era a faculdade de Direito, exclusiva para homens. Mas na política ela brilhou, foi eleita novamente em 1947. Desde sua vitória, apenas outras 15 mulheres ocuparam uma cadeira na Assembleia de Santa Catarina. Nenhuma negra. Antonieta ainda não teve herdeira de luta.

Vida parlamentar

Uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos.

Na primeira eleição (1934) em que as mulheres brasileiras puderam votar e serem votadas para o Executivo e Legislativo, Antonieta concorreu para uma das vagas de deputada à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) e ficou suplente do Partido Liberal Catarinense (PLC). Como Leônidas Coelho de Souza não tomou posse, Antonieta foi convocada, assumiu o mandato à  Legislatura (1935-1937), foi Constituinte em 1935 e relatora dos capítulos de Educação e Cultura e Funcionalismo. Em 19 de julho de 1937 presidiu a Sessão da Assembleia Legislativa, sendo a primeira mulher a assumir no Brasil a Presidência de uma Assembleia Legislativa, conforme jornal A Noticia de 1937, ano em que iniciou o Estado Novo e os parlamentos de todo o país foram fechados até 1945.

Após a queda do Estado Novo e o início da redemocratização do país em 1945, outra vez disputou cargo de deputada estadual à Casa legislativa catarinense, agora pelo Partido Social Democrático (PSD), recebeu 2.092  votos, obteve a segunda suplência do partido, foi convocada, assumiu a vaga em junho de 1948, durante afastamento de José Boabaid, e integrou a  Legislatura (1947-1951), novamente a única mulher no Parlamento Estadual.

Depois de Antonieta, o primeiro negro a assumir o cargo de deputado estadual no parlamento catarinense foi Sandro Silva, do Partido Popular Socialista  (PPS), em 2012, como suplente convocado.

Honesta, enérgica e humana, era respeitada e admirada por seu espírito de justiça. Tinha voz numa época que as mulheres eram silenciadas. Escreveu dois capítulos da Constituição catarinense, sobre Educação e Cultura e Funcionalismo, até ser destituída do cargo pelo golpe de Getúlio Vargas.

Leis

A primeira grande lei educacional do Brasil foi sancionada por dom Pedro I em 15 de outubro em 1827, um marco para a educação brasileira. A data era comemorada informalmente, mas foi um projeto de Antonieta a lei que criou o Dia do Professor e o feriado escolar nessa data (Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948), em Santa Catarina. A data seria oficializada no país inteiro somente 20 anos depois, em outubro de 1963, pelo presidente da República, João Goulart. Outras leis importantes foram concessões de bolsas de cursos superiores para alunos carentes e concursos para o magistério, para elevar o ensino público e evitar apadrinhamentos.

“Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar às almas que o Senhor nos confiar, à força insuperável da fé.”

Trecho do discurso proferido pela deputada Antonieta de Barros na ocasião da promulgação da Lei de nº145 que instituiu o Dia do Professor, 1948.

A bandeira política de Antonieta era o poder revolucionário e libertador da educação para todos. O analfabetismo em Santa Catarina, em 1922, época que começou a lecionar, era de 65%. Isso que o Estado, sobretudo pela presença alemã, aparecia com um dos índices mais altos de escolarização do país, seguidos por São Paulo.

Princípios e convicções: Contribuindo no parlamento, na imprensa e no magistério, foi uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no Sul do Brasil. Sua crença era de que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão.

Em 1937, publicou o livro Farrapos de Ideias. Os lucros da primeira edição foram doados para construção de uma escola para abrigar crianças, filhas de pais internados no leprosário Colônia Santa Tereza. A obra teve outras duas edições.

Antonieta deveria ser uma espécie de Frida Kahlo brasileira. Foi feminista numa sociedade conservadora, negra e mulher numa terra de oligarquias, mestre de centenas de jovens da elite branca que jamais deixaram de reverenciar sua cultura e personalidade. E é a prova que não são apenas as manifestações de raiz açoriana que sustentam a cultura de Florianópolis.

“A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da educação”, escreveu em seu livro. Seu nome deveria ser conhecido por cada criança que homenageia seus professores no dia 15 de outubro. Por cada mulher que exerce seu direito ao voto e disputa vagas nas eleições. Por fim, por cada brasileiro que sai às ruas indignado com os preconceitos de cor, classe e gênero.

Coragem

Desde o início conviveu com diversos desafios e preconceitos raciais, de classe social e de gênero.

Antonieta teve destaque pela sua dedicação aos estudos, pela coragem de expressar suas ideias, por ter conquistado um espaço na imprensa e, opinar sobre as mais diversas questões, e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos e pela educação. Todas essas lutas travadas em uma época que as mulheres não tinham liberdade de expressão e nem o direito ao voto. O direito das mulheres ao voto foi concedido em 1932, Decreto 21.076, que criou a Justiça Eleitoral, na presidência de Getúlio Vargas. O movimento pelo voto feminino vem desde o movimento sufragista no século XXI e no início do século XX.

213 anos de escravidão: a herança de Antonieta

Para percebermos como Antonieta foi célebre basta entender um pouco do contexto histórico de Santa Catarina, o Estado com maior população dita branca do país. Da primeira expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, até o último navio negreiro que aportou no Rio de Janeiro, em 1856, quatro milhões de africanos foram sequestrados para se tornarem escravos em solo brasileiro.

Desterro (Florianópolis), território Guarani, foi povoada em 1675, quando o bandeirante Francisco Dias Velho, vindo da Capitania de São Vicente (São Paulo), se apossou das terras com sua família e uma comitiva de 400 pessoas, a maioria, indígenas e negros escravizados.

Há inegáveis traços africanos na construção da identidade catarinense, mas eles são apagados. A presença negra não é lembrada pela história popular, embora, no século XIX, 20% da população de Desterro tenha sido negra. No mesmo período, no Planalto Serrano, de onde veio Catarina, mãe de Antonieta de Barros, chegava a 50%, de acordo com o livro Negro em Terra de Branco, escrito por Joana Maria Pedro, Ligia de Oliveira Czesnat, Luiz Felipe Falcão, Orivalda Lima e Silva, Paulino Francisco de Jesus Cardoso e Rosângela Miranda Cherem.

Jornalismo

Nos anos de 1920, iniciou as atividades de jornalista produzindo muitos textos. Fundou e dirigiu o jornal A Semana, em Florianópolis, entre os anos de 1922 e 1927. Dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade, 1930.

De seus opositores nos jornais e nas bancadas, ouviu que “mulheres não deveriam opinar, pois nasceram para servir”, “que a natureza não dá saltos, cada ser deve conservar-se no seu setor, e a finalidade da mulher é ser mãe e ser rainha do lar” e que “não seguisse o exemplo de Anita Garibaldi, uma vagabunda”. Mas aqueles homens brancos da elite oligárquica e política, não a intimidaram. Antonieta era forte, mulher de fibra. Não havia quem tivesse argumentos para calá-la. As calúnias eram rebatidas com intelecto e destreza nos artigos assinados sob pseudônimo Maria da Ilha. Sua caneta era afrontosa. Escrevia sobre educação os desmandos políticos e a condição feminina. Dizia que as mulheres não deveriam ser “virgens de ideias”.

Numa época em que negro ‘não existia’ além do trabalho de servir os brancos, Antonieta era a exceção. Era aceita pelos brancos. Mas, vale ressaltar que, de 1929 a 1951, escreveu em oito jornais sem nunca ter falado de sua cor. O que não foi impeditivo para ouvir de um colega de bancada parlamentar, o médico Oswaldo Rodrigues Cabral, que ela escrevia “intriga barata de senzala”.

Crônicas

Se existissem barreiras, lá estaria Antonieta para rompê-las. Sua defesa acirrada pela educação fez com que ocupasse as páginas dos jornais. Além de professora virou cronista. Não havia outra mulher em posição semelhante no Estado. Em 23 anos de contribuição à imprensa escreveu mais de mil artigos em oito veículos e criou a revista Vida Ilhoa.

Suas crônicas disseminavam suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, aos desmandos políticos, à condição feminina e ao preconceito racial.

Na década de 1930, trocou correspondência com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), comprovadas por cartas entre ela e Bertha Lutz, guardadas atualmente no Arquivo Nacional. Berta foi uma ativista pelo direito do voto feminino, uma das fundadoras da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, em 1918, representou as brasileiras na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, em 1922, quando foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana, e fundadora da FBPF.

Artigos

Antonieta escreveu vários artigos para jornais locais e o livro Farrapos de Idéias, em 1937, com o pseudônimo de Maria da Ilha. Fez parte do Conselho Deliberativo da Associação Catarinense de Imprensa, a partir de 1938.

FONTES:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonieta_de_Barros

https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/68-Antonieta_de_Barros

https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-10-15/antonieta-de-barros-a-parlamentar-negra-pioneira-que-criou-o-dia-do-professor.html

Homenagens

  • Inscrição do nome da Deputada Catarinense no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, solicitação PL 4.940/2020, do Congresso Nacional, aprovação 2021. O livro, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo, conforme a Lei nº 11.597/07. A parlamentar catarinense recebeu a honraria dia 05/01/2023, em ato sancionado pela Presidência da República. Até a presente data constam do livro 56 nomes, dentre eles apenas 12 mulheres e dentre elas duas são catarinenses, Anita Garibaldi e Antonieta de Barros.
  • Auditório Antonieta de Barros, Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Florianópolis.
  • Escola Antonieta de Barros, Centro, Florianópolis.
  • Túnel Antonieta de Barros, Florianópolis/SC.
  • Rua Professora Antonieta de Barros, Canto, Florianópolis.
  • Sala Antonieta de Barros da Procuradoria da Mulher, Câmara de Vereadores de Penha.
  • Diretório Central de Estudantes Antonieta de Barros, Univerisidade do Estado de Santa Catarina, DCE/UDESC.
  • Painel (32 metros de altura por 9 de largura), Rua Tenente Silveira, Centro de Florianópolis, elaborado pelos artistas Thiago Valdi, Tuane Ferreira e Gugie, inaugurado em 18 de agosto de 2019.
  • Programa Antonieta de Barros (PAB), política pública da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, instituída pela Lei nº 13.075, de 29 de julho de 2004. Trata-se de uma ação afirmativa que articula política, educação e trabalho. O PAB tem como objetivo promover a transformação social através do estágio destinado aos jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Uma iniciativa inclusiva e antirracista da ALESC para enfrentar as desigualdades ocasionadas pelo racismo estrutural. A primeira coordenadora foi Jeruse Romão, a segunda foi Marilú Lima de Oliveira, atualmente, o Programa é coordenado por Mirian Lopes Pereira. Para mais informações sobre o PAB buscar o artigo “Estágio, inclusão e transformação social como política antirracista“. 
  • Programa Memorial Antonieta de Barros, da Universidade do Estado de Santa Catarina. Promove ações de extensão no auxílio à implementação das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, sobre as Diretrizes Nacionais de Educação para as Relações Étnico-raciais, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e as Diretrizes para a Educação Indígena e Política de Ações afirmativas.
  • Recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina pelas legislaturas exercidas no século passado, deferência concedida no ano de 1999.
  • Medalha Antonieta de Barros, da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Para homenagear mulheres que se destacaram nas áreas cultural, política, desportiva, empresarial, de prestação de serviços ou ação social no município.
  •  Mensagem à família de Antonieta de Barros em reverência aos 120 anos do nascimento da Deputada.
  •  Título de Doutora Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por iniciativa das pesquisadoras do Centro de Educação: Dra. Joana Célia dos Passos, Dra. Eliane Debus e Dra. Patrícia de Moraes Lima, 2021.
  • Antonieta, documentário da cineasta paulista Flávia Person, lançamento em Florinópolis, final de 2015.
  • Seção Antonieta de Barros na biblioteca e acervo virtual da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). 
  • Personalidades do Parlamento, série de reportagens com figuras históricas que foram homenageadas com a nomeação dos espaços da ALESC, no caso da Deputada Antonieta, o auditório.
  • Antonieta de Barros: cultura afro-brasileira a partir da educação, da política e da literatura, transmissão ao vivo realizada em 19 de novembro de 2020, organizada pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira. O evento remoto contou com a participação das escritoras Jeruse Romão e Eliane Debus. 
  • Resistências negras nos espaços de poder: o legado de Antonieta de Barros, evento on-line promovido pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da Universidade Federal de Santa Catarina. Jeruse Romão foi a convidada para a palestra, em novembro de 2021.
  • O projeto 40 Mulheres Negras foi um processo seletivo exclusivo e a primeira ação afirmativa étnico-racial da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). As vagas foram ofertadas no curso de Pedagogia, do Centro de Educação a Distância (CEAD), na turma de 2003. De acordo com Assessoria de Comunicação da UDESC, as estudantes se identificavam como as “40 Antonietas”, em referência à Deputada Estadual Antonieta de Barros. A ação foi um marco na vida dessas estudantes, em boa parte dos casos, as alunas foram a primeira integrante da família a ingressar e concluir o ensino superior. Marilú Lima de Oliveira, Coordenadora do Programa Antonieta de Barros (PAB), do Parlamento Catarinense, no período de março/2005 até março/2016, integrou essa iniciativa de inclusão social. 

Publicações literárias e textos acadêmicos

Departamento de Comunicação do deputado Mário Motta, com informações da Agência AL

Fotos: Agência AL

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Antonieta de Barros

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